Milhares de estudantes estão sendo presos nos EUA, a maior democracia do
mundo. Não poucos estudantes de
esquerda, professores e funcionários concordam com a exibição de cartazes que
incitam à violência, tipo "tornar global a intifada". Inúmeros outros
estudantes e professores apontam a tolerância cada vez maior da administração
das universidades com o anti-semitismo que aceita o Holocausto e nega Israel.
As
universidades americanas mais bem ranqueadas são organizações privadas, não
estatais, a exemplo de Yale, MIT, Stanford e Harvard, que florescem com robusto
financiamento de empresas privadas.
A grande Universidade da Califórnia, que possui
uma dezena de campi, todavia é pública, os alunos pagam em regimes
conhecidos como in-state e out-of-state. O problema disso é que
parcelas dos manifestantes em favor da Palestina ou de Israel são alunos que custeiam
seus estudos e o próprio funcionamento das universidades, com risco de a
educação transformar-se em bem político de classe.
Intolerável neste momento
das universidades americanas o fato de que estudantes estão sendo tratados como
bandidos, apanhando algemados, enquanto conduzidos à cadeia pública. A negligência
administrativa dessas universidades salta aos olhos da comunidade acadêmica do
mundo.
Se estudantes promovem protestos políticos em uma universidade isso não
é questão de polícia. Educação é transmissão de civilização, não o que se
observa, nestes dias, nos Estados Unidos da América.