O Brasil vai se recuperar

Benjamim Roberto Andrade

     O país faz progressos na facilitação para novos negócios, apesar de toda a burocracia ainda reinante. Empresas novas podem obter seu registro on-line e o Estado nacional está modernizando a regulamentação do mercado de trabalho. A importação da Argentina de peças para automóveis e utilitários está mais simples; o comércio nas fronteiras também foi simplificado com a adoção dos certificados eletrônicos de origem para produtos importados.



      A situação não é exatamente espetacular; no ranking do Banco Mundial o Brasil se encontra na 109ª posição, entre 190 países, com base em facilidade de negócios, atrás de Papua Nova Guiné. O Brasil está em situação melhor do que a Venezuela, país agora em 188º lugar, acima somente da Somália e da Eritréia.
      O Brasil melhora em comparação com os demais países da América Latina: estava no 125º lugar e saltou neste ano para a 109ª posição. A Argentina encontra-se em 119º lugar; Paraguai e Uruguai em queda, assim como as demais economias latino-americanas, no relatório anual sobre facilidade de fazer negócios, do Banco Mundial. Tudo isso significa que o Brasil precisa fazer mais. 
      O Brasil precisa ser sempre o guardião, na América Latina, do sistema de comércio multilateral legal, o defensor do regramento internacional que a OMC disciplina e que serve aos interesses comuns da comunidade internacional dos povos. 
    A política de comércio exterior brasileira não pode ser outra senão a que se opõe ao protecionismo. Produtores e industriais pendurados nas asas do Estado inevitavelmente se tornam menos eficientes do que seus concorrentes estrangeiros.